segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Grito


Não amo baixinho, de fininho, como quem tem medo do que há por detrás da porta. Grito o amor. Grito através dos olhos, das mãos, dos braços, dos abraços, das minúcias, das palavras… Porque o equívoco maior do Mundo é amar de menos. Amar de mansinho. Medir os passos. Acautelar-se. Eu não!

Entreguei meu coração assim que morri de amor. E morri de amor assim que entreguei meu coração. E, morrendo como estou, quero mais vida. Desnudei a alma. Desnudou. E, de súbito, fez-se o amor. Ali, ali mesmo. Naquela calçada. Naquela barulheira. Naquela esquina. Na verdade, não se fez. Despertou-se. Como um baque.

Até então, era só um quase estranho aquele menino-homem. Homem-menino. Um estranho com quem eu já cruzara inúmeras vezes. Insignificantes vezes. Que tentava falar comigo e eu não dava ousadia. Mas sem que eu mesma soubesse ele já roubava pedacinhos de mim. Já demarcava com toda a inconsciência que havia as esquinas que seriam dele: as minhas. E continuamos… vivemos. Enganamo-nos em outros beijos, em outros abraços, em outros olhares… Mas já éramos um do outro. Sempre fomos. Feitos muito pra nós dois. Em algum lugar, já nos amávamos.

Ninguém sabia. A não ser o dia, o Dia sabia. Ah, ele sabia! Sussurrava toda noite em nossos corações que, um dia, o Dia chegaria. “Se aquieta!” Dizia ele. “Que eu vou te conquistar.” Era quando a tranquilidade desafobava a pressa e a urgência sumia. E eu sorria, despretensiosa, simplesmente por acreditar que alguém estava amadurecendo na minha sintonia, preparando-se, como eu, pra não acordar o amor até que esse o quisesse. E foi assim. Ele quis. Na liberdade do tempo, na naturalidade da ocasião… lá estava você. Meu Deus, como era lindo. Como é lindo. 

Foi tudo diferente: a abordagem, as borboletas no estômago, a química, a conexão, a segurança, a tranqüilidade… o desejo… a imediata fusão dele com a consciência do amor. E, naquele instante, eu te conhecia anos a fio.

Eu sei que você sente, que você sabe, meu amor, o quanto você me trouxe vida. O quanto você enriquece a minha vida de… Vida. E pode se gabar por ter desvirginado meu coração, porque ele é exclusivo e completamente seu. Irrefutável e imutável.
Meu primeiro amor trouxe a certeza de ser também o último. Está nos meus gestos, na fala muda dos meus olhos, nas minhas manias, nos meus sorrisos, nas minhas idealizações, na minha eternidade, na minha convicção, no meu ciúme, nos meus cuidados e pecados.

É você. Sou eu. Somos nós. Infinitamente.


E eu grito. Grito o amor. Grito a honra e o orgulho. Você é um ser-humano raro. Fecho os olhos e ainda enxergo a tua beleza: a tua essência.
Eu te amo.
De alma pra alma.
Eu te amo com todas as lágrimas de felicidades que me fazem definir o indefinível.
Obrigada, obrigada pela magia.
Obrigada por tornar tão ínfimo tudo o que eu escrevo.

"(…) E desde então sou porque tu és.
E desde então és.
Sou e somos…
E por amor
Serei… Serás… Seremos."

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O sol depois da tempestade


E lá fora ouço o vento soprar levemente, mentes cansadas, enfim, descansam. Meus olhos insistem a não fechar. Volto às poesias de Chico dedilhadas em seu violão, ''Sem você'' dá início à playlist, vasculho a minha memória e lembro, então de um "secreto" texto. Em um impulso me pego procurando o tal texto.

Ali está ele, a última escrita de ''sentimentos'' (mal sabia eu ao escrevê-lo do ''dia do amanhã'') tristeza em cada linha, saudade em cada parágrafo, frustrantes tentativas de finalizá-lo... Tão crua, tão fácil de decifrar, tão doída, se enrolando em cada linha.

Lendo cada paragrafo me impressiono comigo mesma, com tão pouco tempo, mas tão intenso sentimento. Ali me deparo com uma quase decepção, Mas,nessas andanças que o mundo dá, agora mais do que nunca meus dias possuem sua presença, dias agora, do qual sorrio por aí, à la ''até quem me vê na fila do pão, sabe que te encontrei'', palavras guardadas, agora ditas com alívio, suspiros, desespero, ardor, ternura. 

Sentimento avassalador, impossível de conter, limitar, esconder... Só quer aparecer, no ar se instalar.
Invento palavras, definições, explicações, para tentar descrever esse êxtase existencial.

 O amor voltou,
recomeçou,
REENCANTOU.

(veio para ficar)

 Chico, afirmando ao fundo...
''Hoje afinal conheci o amor
E era o amor uma obscura trama...''  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012



"Oh! Darling", pra mim, é a declaração de amor mais verdadeira que existe em forma de canção. ÚNICA que consegue exprimir o ardor da paixão, a vontade inexplicável que dá de gritar alto o que se passa no coração, o medo, a dor que é perder (ou só de pensar em perder) a pessoa amada.

Depois dessa, Mother, é a que mais me toca, me estarrece, me derruba. Você sente junto a dor de John. Nos versos finais:
''Mama don't go,
Daddy come home...''

Chega a ser perturbador, ''sai fagulhas'', dá vontade de gritar junto.

O que torna Beatles singular, na minha opinião, além de te fazer se apaixonar pelo amor em si, pelo sentimento lindo que é, é isso de levar as emoções aos extremos, uma entrega de alma que é só deles e de mais ninguém.

DE MAIS NINGUÉM.


Cheia de manias

Mania de jogar o cabelo pro lado. Mania de sorrir quando sente alguém olhando demais. Mania de coçar os olhos e olhar o visor do celular como se houvesse chegado alguma coisa e não viu. Mania de estudar escutando música e revirar os olhos sempre que escuta, ouve ou vê alguma bobagem. De sorrisos, de olhares, de vozes e cheiros. Mania de achar que nem tudo é aquilo que se vê. De imaginar situações com quem nunca viu e se arrepiar, sorrir, se desesperar por isso. Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Versos de um domingo -não- qualquer


E já não importa a esquina, a música, a rua, qual rua, em qual lua e se a primeira palavra vai ser sua. não importa o tempo, quanto tempo, os sacolejos do vento, quem vai dar o primeiro beijo.
não importa onde vamos sentar para conversar, quais histórias iremos contar, quem vai dar a mão primeiro.
Que ao menos continue esse entendimento pelo olhar, esse arrepio no toque, esse turbilhão de emoções exprimido em um beijo. que os pés não cansem de roçar-se um ao outro e que o cheiro (ah, o seu cheiro) nunca mude.
Que os olhos fechem, a cada flash de lembrança quando já não perto estivermos, e que o afago no coração ao lembrar de você, nunca cesse, pois apenas importa o quão desatino é o nosso amor.



'' watch the sunrise,
say your goodbyes,
off we go,
some conversation,
no contemplation,
hit the road...''

até um dia.

sábado, 29 de setembro de 2012

Mudanças

Isento-me em saber como está o clima lá fora. Fico trancada aqui, nesta sala, em silêncio, total introspecção.
Momento de mudanças, reflexões e renovações de atitudes. Pontos de vista amadurecidos, um novo olhar sobre tais coisas e uma sensação desconhecida me toma.
Sensação de estar perdida, sem saber o que aprimorar primeiro, que decisão tomar no presente e qual deixar para o futuro.
Meu olhar segue perdido diante de tudo que vem-se sucedendo e acalmo meu coração ao pensar que logo virá a paz, o equilíbrio e a ordem.
Assim sorrirei sem forjar '' estar bem '', sem criar uma falsa imagem de mim mesma.
Para hoje apenas a certeza da esperança, de que por mais que seja grande a tempestade, o sol voltará a brilhar.  

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dando um tempo


Vez ou outra, me permito tirar um tempo de tudo. Dispenso convites, deixo o coração respirar, a ''cuca'' arejar, a alma esvaziar.

Coloco meus discos favoritos para tocar, deito, fico absorta faixa a faixa, presto atenção na melodia, deixo a voz silenciar os pensamentos, degusto música por música. busco cantores e músicas novas e as ouço de olhos fechados, sentindo o afago na alma que a música traz.
Afinal, a correria é tanta que ouvimos música enquanto andamos na rua, no trabalho, em lugares... não paramos mais para senti-la.

Vou a locadora, leio sinopses, troco indicações com os atendentes, discuto diretores, vago por um corredor, vago por outro, a cada filme que chama a atenção, uma esperança daquela obra mudar em algo minha vida, ou no mínimo, me fazer pensar, impactar o coração, os pensamentos.
Tantas coisas ruins acontecendo no mundo, tantos problemas em nossas vidas, por que não embarcar na sétima arte e seu dom de nos transportar para outro mundo, nos fazer sonhar, se identificar com personagens, inspirar?!

Tiro os livros da estante e começo a lê-los. Sinto o cheiro das páginas, mergulho na história e mato a saudade da pontadinha de tristeza que dá quando o livro começa a chegar ao fim.  

Vive-se na correria, na preocupação de uma vida social ''badalada'', é raro parar para olhar para si e dar a atenção devida para o que o coração e a mente pedem, sufocamos sem nos dar conta.

Diante disso, que sempre exista um álbum novo para escutar, filmes desconhecidos para assistir, livros para ler, reflexões a fazer, pontos de vista para mudar, rumos novos para tomar, amizades para testar com esse ''retiro de alma''e a sensação de renovação que dá após esse ''tempo''.

Como li um dia desses:''Pra parte surda do coração ouvir, faça silêncio.'' 


 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Só sabe o que é saudade quem convive com a ausência."


Hoje eu estou com um nó aqui dentro, um aperto no peito. Tá difícil conter as lágrimas, a saudade que eu estou sentindo é imensa.

Já está com quase dois anos que essa criança linda nasceu e iluminou minha vida, uma coisinha tão pequena, mas com uma capacidade enorme de me arrancar um sorriso e até um chorinho de felicidade. 
Lembro como se fo
sse hoje a primeira vez que eu o peguei no colo, não sabia o que fazer era a primeira vez que eu tinha nos meus braços uma criança de apenas 1 dia de nascido. Só Deus sabe a falta que o João Gabriel me faz, a vontade que eu tenho é de trazer pra ficar junto a mim, dormir todos os dias com ele, vontade de brincar e de receber aquele abraço gostoso que ele sempre me dá quando eu chego para vê-lo. Um presente de Deus pra mim.
Fico extremamente feliz por ser madrinha desse ser tão iluminado, tão cheio de saúde, tão dengoso, esperto e carinhoso. Amo receber os beijinhos, cheirinhos e até mordidas e puxões de cabelos que ele me dá. Por mim eu passaria horas&horas aqui escrevendo sobre esse pequeno homenzinho que eu amo com todo o meu coração.
Meu príncipe hoje a sua dinda se ''desmanchou'' ao lembrar de como o tempo passa rápido e de se tocar da imensa falta que você faz todos os dias.

João Gabriel Ambrosio ♥

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pretérito (im) Perfeito

Sabe o que me irrita? O que me dá nos nervos? O que me faz pensar em todos os métodos de respirações conscientes e profundas possíveis? O passado. E não o meu.

É, justo eu  que sou uma ótima controladora do ciúme, que sempre inspiro racionalidade nessas malditas ocasiões e ajo como um completo sábio: enrugado, barbudo e grisalho. Cheia de seguranças e certezas. Mas o passado… O passado é diferente. O próprio nome já incomoda. Foi efetivo, aconteceu. Não é coisa da minha cabeça, não é a neurose feminina fantasiando e se enganando. Aconteceu.

Ele já usou deste charme, é, desse aí mesmo, que não é só você quem conhece. Deixa de ser boba.  Já foi loira, morena e ruiva, já beijou com desejo,  já as despiu na cama dele, já escorreu as pontas dos dedos e pelas costas nuas, virgens e desavisadas delas, já fez com que se sentissem especiais mesmo que por um mísero segundo de momento, já foi amores e desamores e, principalmente, já quis ter dado certo com alguém. Já chorou e sofreu por isso. Calma. Como assim? Como assim já roubaram o coração dele uma vez? Ou até mais de uma vez ? Como assim ele tem antigos casos sérios escondidos numa caixinha de lembranças? É só que… nós somos tão… nós… 


Uma jornada tão rica, um presente tão futuro, que eu me surpreendo quando lembro que as tuas horas já foram de outras. Me pego matutando sobre o que de fato aconteceu. Curiosidade, aquela auto-flagelação de curiosidade. E aí, como se não bastasse, imagino os elogios, o que você mais gostava nelas, o que achava bonito. Por dentro e por fora. Imagino se elas se pareciam comigo… Se tinham algo de mim. Se têm algo de mim. E o cheiro? Era cheiro de pele ou cheiro de pele mascarada com perfume? Era cheiro de gente ou cheiro comprado? Porque o segundo a gente confunde. O primeiro é único. Do que vocês falavam? Aliás, vocês dialogavam? Compartilhavam devaneios, receios e anseios? Elas te faziam rir? Não sorrir. Rir. Gargalhar e cantarolar pela vida com a leveza e a serenidade da paz de espírito inundando a alma.


Não interessa, na verdade. No fim das contas, elas já te tocaram. Cutucaram, sentiram. Aninharam. Elas já te conheceram ou assim pensaram, já consideraram delas o que hoje é meu. Sim. É meu. Meu mundo. E não tem devolução, não tem volta. Sou eu que na vida vou com você agora.

Mas o Mundo ainda não é feito só do nosso, e remanescem por aí passados vivos. Estigmas, cicatrizes e saudades. Compreensível, porque julgo improvável, talvez impossível, te superar. Te esquecer, fazer-te pó. Sei da tua capacidade de despretensiosamente marcar a vida alheia. Sei que tua passagem pelos caminhos de alguém não é apenas uma passagem, você é que não sabe, meu amor. Você é que não sabe quantos pedaços delas ficaram pelos cantos e recantos. Dizem que a alma se recupera, eu nunca vi alma se recuperar da perda d’alma. E talvez seja isso que me irrite, essa história de que alguém te amar tanto quanto eu. Porque o Pretérito Perfeito não tem relevância, não diante de nós dois. É como uma chuva de verão. Ou um cão que ladra, mas não morde.

E, em mim, a mesquinhez instintiva do ciúme.






“Mas o amor, o amor mesmo, o amor maduro, o amor bonito, o amor real, o amor sereno, o amor de verdade não é montanha-russa, não é perseguição, não é telefone desligado na cara, não é uma noite, não é espera. O amor é chegada. É encontro. É dia e noite. É dormir de conchinha. É acordar e fazer um carinho de bom dia. É ajuda, mãos dadas, conforto, apoio. E saco cheio, também. Porque de vez em quando o amor enche o saco. Tem rotina, tem manhã, tarde, noite, tem defeito, tem chatice, tem tempestade. Mas o céu sempre limpa. Porque o amor é puro como o azul do céu.”

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Brincadeira tem limite



Honestamente, não sei o que acontece com algumas pessoas. Hoje em dia os valores estão tão estúpidos, tudo tão trocado e errado que sinto medo. Quase um pavor.  Está faltando bom senso. E um pouco de solidariedade

Desculpa, eu não vejo graça em compartilhar uma imagem do Homem-Aranha nas redes sociais com a seguinte frase “desculpe, mas não deixei ninguém morrer na estréia do meu filme”. Esse tipo de “humor” não me faz rir, só me faz ter pena (e excluir) quem compartilha coisas assim. Aconteceu uma tragédia nos Estados Unidos. O presidente Obama se reuniu com os familiares das vítimas. Isso é notícia no mundo inteiro. Não vejo graça fazer piada com morte e doença.

É fácil apontar o dedo e julgar e falar bobagens boca afora quando não é a família da gente. Eu não entendo de que forma essas pessoas foram criadas, que tipo de educação receberam e qual o conceito que têm de respeito. Também não sei o que realmente consideram engraçado.

Quando um ator famoso teve câncer muita gente fazia piadinha. Gente, o que é isso? Qual a graça em ter câncer? O pai de vocês já teve? E a mãe? Vocês já acompanharam de perto como sofre uma pessoa com essa doença? O que vocês têm no coração? Me choco, de verdade. Não sou beata nem santa. E quem quiser pode me chamar de quadrada, mas não dou risada dessas coisas, não. Fico é triste e com vergonha do ser humano.

Hoje faz um ano que a Amy Winehouse morreu. E tem gente “parabenizando” a cantora, já que ela está há um ano sem usar drogas. Você pode achar exagero, mas pra mim quem fala esse tipo de coisa e dá risada é a mesma pessoa que pode, com os amigos, atear fogo em um mendigo no meio da praça. Brincadeira tem limite. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012



John Lennon: Não existe nenhum motivo nesse mundo para eu não estar com ela. Nada é mais importante do que a nossa relação, nada. E nós curtimos ficar juntos o tempo todo. A gente sobrevive um longe do outro, mas para quê? Não vou sacrificar o amor – o amor de verdade – por nenhuma puta, nenhum amigo nem trabalho, porque no fim a gente acaba é dormindo sozinho. (...) É como eu disse na música: já fiz de tudo e não existe nada melhor do que ser abraçado pela pessoa que a gente ama.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Definições

Amor é sentir
contradizer
não sentir
não dizer
permitir
escrever
se mentir
esquecer
desistir
reviver

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Egoísmo




Certas coisas me deixam triste. E louca. Como pode a gente gostar de uma pessoa, ver que ela está chateada e ficar de braços cruzados? Como pode você perceber que o outro está te tratando diferente e ficar indiferente? Como pode a gente só olhar para o próprio umbigo e para as necessidades pessoais? Como pode a gente só pedir apoio, calma, paciência e compreensão e não dar nada em troca? Como pode a gente não se dar por inteiro, mas esperar que a outra pessoa esteja inteira? Hoje em dia é muito fácil querer, exigir, fazer questão que o outro nos enxergue. Difícil mesmo é se colocar no lugar do outro, tentar se ver de longe e analisar onde está o nosso erro. 

É muito fácil pedir, pedir, pedir. Difícil é se doar. Porque normalmente as pessoas têm a triste mania de jogar na cara. Fiz tal coisa por você. E eu por você. Daí vira aquela agressão gratuita, aquela lavagem de roupa suja, aquela coisa feia e antipática que não combina com sentimento. Mas então eu me pergunto: será que tudo combina com sentimento? Claro que não. A gente não consegue ser bom o tempo inteiro. A gente não consegue deixar de lado as mágoas e seguir em frente. Tem coisa que alfineta, cutuca, aperta. E é preciso gritar, tirar, sair desse círculo vicioso e ruim.

Não é fácil. Mas também não é tão complicado assim. Basta querer. Basta sair daquele pedestal. Basta realmente se importar com o que faz. A gente pensa que é muito bacana e que faz o melhor que pode. Que bobagem. Nem sempre lutamos com força e com fé. Às vezes, a gente só deixa a vida nos levar, como se fosse um rio que leva pedaços de árvores e lixo. 

O ser humano é egoísta demais. Se preocupa com a própria vida e finge que se importa com os outros. Então eu questiono: será que eu me importo? Será que você se importa? Até onde você é capaz de ir? Que sacrifícios você é capaz de fazer? Você consegue, por algum momento, deixar de lado sua vida para se preocupar com a do outro? Pequenas doses de egoísmo são bem-vindas e essenciais para a sobrevivência. Mas não dá pra se embriagar: tudo que é demais faz mal.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

And i love her





Em meio a tantas sensações que ouvir Beatles proporciona, a melhor é a de se sentir apaixonado, sentir amor dentro de si. Você só se apaixona, ''se enrola'' nas melodias, sorri, deixa o corpo embalar no ritmo, (se for parafuso a menos como eu, canta Oh! Darling, como se estivesse fazendo uma serenata), se emociona e ali, em canções, SENTE toda a beleza do amor.

UMA DOÇURA DIGNA DE FICAR PARA A POSTERIDADE .

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Até onde vamos por amor ?



Já acreditei em bicho-papão, em monstro, em homem do saco, em bruxa. Já acreditei em sapo, em príncipe encantado, em alma gêmea, em amor eterno. Hoje eu acredito apenas na verdade. É que acho que cada um tem um jeito de ser e de amar e não podemos lutar contra isso. Não dá pra passar a vida toda idealizando, querendo trocar o outro, sonhando, com o pé na nuvem e o coração na mão.

Se eu gosto, gosto como você é, mesmo que você seja chato de vez em quando. Se eu quero, quero mesmo, mesmo que todos digam para não querer. Perdoe o romance barato, que existem amores que duram toda a vida. São raros, mas existem.

Tem gente que insiste e quer ver aquele amor que nem existe durar pra sempre. A gente tem que enxergar as coisas como elas são: algumas coisas duram, outras não. E se a gente quer que dure deve cuidar para que isso aconteça. As relações andam vazias demais, quase superficiais. As relações andam com grades, as pessoas viraram prisioneiras. O amor tem que ser livre. Para amar você precisa respirar. Junto, é claro. Mas primeiro separado. Você vem antes, o outro depois. E isso não é egoísmo, é necessidade.

Resolvi vim aqui e escrever porque me emocionei muito ao assistir "Amor & outras drogas". Ri, chorei, solucei. No inicio é mais um filme bobinho, desses que eu gosto, desses que a gente vê para passar o tempo e rir um pouquinho. Mas ele traz uma grande e surpreendente questão: até onde a gente vai por alguém? Até onde a gente vai por amor? Que coisas você abre mão para ficar com o outro? É realmente necessário abrir mão de algo?

O dilema gira em torno da mocinha (Meggie), que tem a doença de Parkinson. É uma raridade, afinal ela é nova e cheia de vida. E quem tem Parkinson acaba perdendo o domínio do próprio corpo, já que é uma doença degenerativa e progressiva do sistema nervoso central. Meggie sabendo de sua condição, não quer se envolver com ninguém. O mocinho (Jamie) se encanta pela mocinha e quer ficar com ela, mas coloca na balança tudo que pode acabar perdendo com essa relação. Jamie, dividido, presta atenção na frase que um senhor mais experiente diz "essa doença vai levar embora tudo que você gosta nela". E explica que no futuro ela não vai conseguir se vestir sozinha, tomar banho, comer, limpar a bunda. Vale lembrar que Jamie nunca tinha se apaixonado por ninguém.

Não é fácil uma situação dessas. Acho que você tem que amar muito uma pessoa para conseguir passar por isso. Então eu penso: o que a gente leva dessa vida de verdade? Existe um sentimento mais importante que o amor? É claro que eu me amo, mas se isso acontecesse eu cairia fora? Não, não cairia. O amor é o sentimento mais forte que existe. E é mais forte inclusive que qualquer doença. Se amo alguém eu consigo superar. Se amo alguém nem vou me perguntar se consigo superar. Se amo alguém vou cuidar dessa pessoa com todo amor que tenho.

Sei que falar é simples, viver a situação é outra história. Mas jamais abandonaria a pessoa que amo por ela estar passando por uma situação difícil ou por ter uma doença. Lembrei da frase do Jamie no filme, que achei linda e chorei feito criança: "Você conhece milhares de pessoas, e nenhuma delas toca fundo você. Aí você conhece uma pessoa especial, e sua vida muda para sempre."

É impossível abandonar quem mudou a nossa vida para sempre. Impossível.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ninguém se cruza por acaso


Pessoas entram na nossa vida por uma razão, por uma estação ou por uma vida inteira. Quando perceber por qual motivo é, saberá o que fazer com cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma razão é geralmente para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliar em uma dificuldade, fornecer apoio e orientação, ajudar física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precise que elas estejam lá. Então, se não houver algum motivo maior como uma atitude errada de sua parte ou horas inconvenientes, esta pessoa vai dizer ou fazer de um tudo para levar essa relação até o fim.

Às vezes, essas pessoas morrem, às vezes, elas simplesmente se vão... Às vezes, elas agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e os trabalhos delas feitos. As suas orações foram atendidas!


Quando pessoas entram em nossas vidas por estação, é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem experiências da paz ou fazem você rir, elas poderão ensinar algo que você nunca fez. Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer, acredite! É real! Mas, somente por uma estação.


Relacionamentos de uma vida inteira, ensinam lições para uma vida inteira. Coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, ama-la e colocar o que você aprendeu em uso. É dito que o amor é cego e que a amizade é clarividente. Eu já não acredito muito nisso.


Trabalhe como se não precisasse do dinheiro, ame como se nunca tivesse sido magoado, afinal o seu atual amor não é reflexo de quem te entristeceu, dance como se nunca tivesse observando.


O maior risco da vida é não fazer nada por isso aproveite cada minuto como se não houvesse amanhã. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sobre a sinceridade




Todo mundo está careca de saber que viver é acumular experiências e evoluir. É uma pena que tem gente que segue parada, sem tomar conhecimento da própria vida. As coisas acontecem rápido demais e muitas vezes precisamos tomar uma decisão num piscar de olhos. Cazuza já dizia que "o tempo não para". E ele nunca vai parar para que você ajeite as melancias dentro do seu caminhão.
Sempre tive uma pressa, uma urgência em viver. E em falar. Falava sem pensar, agia por impulso, morria um pouco todo dia com essa forma doída de viver. Mas aprendi, de uma forma dura, que não sou melhor que ninguém só por dizer o que penso. A gente precisa falar com jeito, cuidar pra não ferir o outro. Por mais intimidade que você tenha com seu amigo, seu namorado, sua mãe ou sua prima você tem que medir as palavras. Não dá pra vestir a camisa 100% Sinceridade e sair por aí disparando tiros de verdade pelo mundo afora.
Minha avó sempre disse duas coisas "quem fala o que quer ouve o que não quer" e "o que arde, cura". Demorei um pouco para entender o real significado disso, afinal, qual criança gostava de passar Merthiolate no joelho ralado? Hoje eu entendo tudinho que ela quis dizer. Imagina se todo mundo falasse o que pensa? Eu não teria amigos, você também não. Provavelmente, seria deserdada por meus pais. Não ia conversar com ninguém, nem com a dona Toinha, que vende aquela coca-cola que todo santo dia eu tomo. 
Sinceridade é bonito, mas a gente não pode trocar as bolas e confundir as coisas. Ser sincero não é ser mal educado. Não é ser grosseiro nem cruel. Sou sincera e amo a sinceridade mas nem sempre sou 100 % sincera. Não tenho coragem de agredir uma pessoa gratuitamente. Fulana, você ficou parecendo um bicho com esse botox. Beltrana, não adianta ser bonita e vazia. Dona Maria, a senhora não tem mais idade pra usar uma saia curta desse jeito. Entende a diferença? Tenho uma amiga que não percebeu que cresceu, que já é uma mulher, que não dá pra passar a vida fazendo festa e pegando tudo que se mova. Temos uma super abertura, mas cada um faz a sua escolha, não posso tomar goles de sinceridade, abrir a boca e sair dizendo o que eu acho. Mesmo porque o que é errado pra mim pode ser certo pra outra pessoa. Acho complicado opinar, dizer que tem que ser assim ou assado ou de tal jeito. Cada um tem o seu jeito e vive da forma que acha adequada. Ou da forma que sabe.

quarta-feira, 20 de junho de 2012



Incrível como algumas pessoas tem o dom de nos fazer a melhor pessoa do mundo, tão bom saber que existe alguém nesse mundo que nos olhe de maneira diferente dos outros, sabe ? Há quem diga que amar e ser amado é algo fácil, mas não é, eu sei. Já havia procurado durante muito tempo o que eu achava que seria o meu amor, e por isso, houve várias decepções. Agora eu posso dizer, o amor vem quando você menos espera, quando você menos acredita dará certo. Parece até algo combinado e não há nada mais surpreendente quando você acorda e ver que ele tá ali, que tu tem alguém com quem contar, quem amar e pra quem dizer o que aconteceu no teu dia. 

No começo você descobre o outro. Aos poucos, vai se descobrindo também. Mas existe um sentimento de eu-te-completo-você-me-completa e você pensa que está seguro. Que nada de ruim vai acontecer. E que, se acontecer, você terá todo o suporte do mundo. Ouvidos, entendimento, cumplicidade, parceria, carinho, amor. E você tem, sempre.

Com seu jeitinho carinhoso, brincalhão, seu sorriso que encanta, o brilho especial do seu olhar, a atenção, o respeito que você tem por mim, foram motivos mais que suficientes para que eu me apaixonasse por você. Você chegou transformando meus dias tristes em dias repletos de alegrias, tirou o vazio do meu coração e se habitou dentro dele.

Hoje dia 20 de junho está fazendo exatamente um ano que os nossos destinos se cruzaram e que a felicidade bateu na nossa porta. Que essa data se repita mais vezes, por muitos e muitos anos, pois é com você que eu quero ficar, é com  você que eu sempre quero estar.

Amo Você.
                  Marcos Vinicius Junior. 
♥ 

 



terça-feira, 19 de junho de 2012

O resto é só resto



Não adianta brigar, se invocar, bater o pé, fazer bico, cara feia e levar tudo ao pé da letra. A vida da gente precisa ter leveza. Fácil falar, difícil fazer (eu bem sei). Mas, sabe, andei pensando sobre as pequenices. A gente briga por coisas tão pequenas e insignificantes. Deixa passar, deixa pra lá. Azar se o cara meteu o carro na sua frente, deixa ele. E daí se aquela mulher furou a fila? Deixa ela ser mal educada. Não sou eu que tenho que meter o dedo na cara dela e dizer que ela não tem educação. A gente não é professor nem juiz nem nada disso.


Falta de educação, indelicadeza, vulgaridade me tiram do sério. Mas eu já fui mal educada e indelicada tantas vezes (quem nunca foi?). A gente não é uma pintura perfeita, uma escultura sem falhas. Não somos arte, somos impuros e precisamos de retoque a todo instante. E ninguém tem o direito de invadir o espaço do outro, a vida alheia. Ninguém tem o direito de dizer pra você o que você deve fazer, a não ser que seja seu amigo e te conheça bem. Porque amigo  pode, amigo tem direito, amigo tem carta branca.


Quando a gente é feliz e amadure começa a pensar que não adianta se estressar por pouca coisa. O único incomodado da história toda vai ser você. Além disso, tem o gasto em terapia, cosméticos, tinta pra cabelo, vodca e tarja preta. Será que vale mesmo a pena? Deixa pra lá, deixa passar, deixa rolar, deixa rodar. A vida da gente vale mais do que qualquer chatice diária.
 

É impossível ser sereno, contido e paciente vinte e quatro horas por dia. Mas é preciso fazer algumas escolhas. Agora, eu penso assim: isso vale uma marquinha de expressão? Isso vale uma noite de insônia? Isso vale a minha paz? Não, então tchau. Entende? A gente que escolhe o que vai ficar na cabeça. O que está ao meu alcance, o que depende de mim eu posso fazer. Mas o que depende dos outros, bom, aí é com eles. Não posso me estressar por outra pessoa. Mesmo porque já tenho minhas preocupações constantes. Bem que eu queria ter o poder de esvaziar a mente. Se algum dia isso acontecer, pode deixar, te explico direitinho como funciona. Por enquanto, vamos tentar desperdiçar energia no que realmente vale a pena. O resto é só o resto.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mulheres guardam segredos. Banheiros também.



Certo dia eu estava observando os espaços e situações utilizados por mulheres. Mulheres em grupo chegam a ser um complô, uma ameaça. Diriam isto os homens. Ou simplesmente falariam para si mesmos o quanto somos superficiais com nossos peculiares assuntos sobre moda ou sobre eles, que eventualmente são os mais citados em nossas conversas e, diga-se de passagem, por inúmeros motivos. 

Penso que uma boa conversa é aquela que surge ao natural, sem forçar o assunto. Aquela que pode ser séria, ou não. O mais importante, creio, é que seja espontânea. Há lugar conveniente para isso? Acredito que não. Digo isto, por que dias andei por reparar, onde as mulheres tem ido para praticar suas ditas, "conversas que se jogam fora". A fim de descontrair, de desabafar. Motivo de gargalhadas insistentes, ou de choros incontroláveis.

A dor de perder alguém, ou a última tendência da moda. Infinitos podem ser os assuntos, a qualquer hora ou talvez qualquer lugar.
Aquela padaria em frente à sua escola, faculdade, com cheiro de pãozinho fresco e aroma aconchegante, talvez um lugar perfeito para uma conversa casual, daquelas que usamos para encontrar com alguém que está distante. E aquele barzinho na esquina, acompanhado do som alegre e pessoas eufóricas, enquanto  a vida continua, bebe-se uma cerveja ou qualquer "álcool", para engolir junto com a bebida, o amor que foi embora.

Mas e as conversas na sala de aula, no shopping, na rua? Estas acontecem por quê? Penso que não há uma razão lógica, algo que se explique ou traduza as emoções do momento. Outro dia, ouvi um rapaz que perguntava ao amigo: "- Ei cara, o que será que as mulheres conversam no banheiro?" O amigo, que se mostrava ainda mais leigo sobre a questão, respondeu-lhe: "- Não sei, por que você não pergunta a uma mulher?" E o rapaz, sem resposta, continuou calado, embora mais pensativo.

Se um dia este mesmo rapaz ler o que escrevo, irei agora lhe dizer que não há motivo para dúvidas. Essas conversas apenas são tidas quando nós mulheres, seres tão misteriosos, queremos fazer do banheiro, uma sepultura para nossos segredos sejam eles bons ou ruins.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Só continue


Você caminha tanto que suas pernas chegam a tremer por não mais suportar os obstáculos. Em meio aos tropeços e quedas, tantos dizem que a loucura te dominou e eventualmente alguém te segura pelas mãos e grita que não desista. Então você segue em frente, continua andando sem olhar pra trás, ignorando o que te machuca pelos lados e prestando atenção em tudo que está a sua frente.

Nem sempre vai ser fácil ou rápido, mas você já sabia disso quando decidiu começar.
Dias e mais dias vivendo por tão pouco, dormindo sem saber o que vai ser e nem mesmo milhões de estrelas brilhando sob a tua cabeça podem te ajudar.

Um dia, quando você já estiver acostumado com o percurso, você finalmente vai levantar os olhos e ver um monte de infinito. O ar vai entrar pelas tuas narinas e invadir os teus pulmões. A adrenalina vai bombear teu corpo, como sangue que corre nas veias. Tudo que você vai conseguir dizer é: valeu a pena.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Abrindo o jogo"





Nunca consigo ser direta, clara e precisa. Para dizer uma coisa simples faço mil rodeios, falo além da conta, digo o que não devo, me perco no meio de tantas sílabas. A culpada é a minha necessidade de expressão. De interrogar, exclamar, pontuar, colocar reticências no final.

Tenho um jeito meio estranho de lidar comigo. Nem sempre me aceito, nem sempre me entendo, nem sempre me dou a mão. E como é essencial a gente se dar a mão, meu Deus! Olhar para dentro pode ser desesperador e doído. A gente carrega muitas coisas no peito, nas costas, na memória. E é preciso tentar viver bem com passado, presente e futuro batidos e misturados dentro da coqueteleira interna. Não é tarefa fácil, não. Requer esforço e uma capacidade bonita de perdoar.

Não sei se consigo perdoar. No fundo ainda me culpo. E acho que a gente sempre se culpa por uma coisa ou outra. Não sei se consigo perdoar o outro. É difícil. Tem coisa que não dá pra esquecer. Algumas cenas ficam na memória. A gente consegue ouvir direitinho a voz da outra pessoa dizendo aquele bando de palavras ruins. E aquilo fica ecoando na cabeça, maltratando o coração. Mesmo que eu diga tudo bem, você está perdoado, vou carregar tudo na lembrança. E vez ou outra a bagagem pesa demais, é preciso parar, descansar, tomar uma água e continuar. É preciso dar um tempo. Ele, o famoso tempo, aquele cara que ninguém gosta, mas que feliz ou infelizmente cura tudo. Tudo mesmo.

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de junho ♥



 Dia dos namorados. Dia de celebrar o ''como foi seu dia?'', os domingos assistindo filme, as madrugadas de sexo com amor, o banho a dois, o abraço mais confortador, o ''você está linda'' de pijama e descabelada, as cenas de ciúme, a insegurança de perder quem se ama, as horas de conversa, a sensação deliciosa de se sentir a vontade de ser você mesmo com esse alguém tão especial e ele lhe aceitar assim como você é, os jantares fora, as mãos entrelaçadas, os pés acarinhando-se, sono de conchinha. Enfim, o dia de celebrar os momentos mais gostosos de uma relação a dois.
Feliz Dia dos Namorados, para todos nós sortudos que temos o privilégio de ter alguem ao nosso lado amando, cuidando, respeitando e nos fazendo felizes e realizados. Ah o amor... (Ah!) 

Para você que está só




Escrevo para você, que se sente sozinha. Que quer acordar com um beijo de bom dia. Que de vez em quando sente medo e não tem quem abraçar. Que quer alguém para dormir de conchinha. Que, por mais que tenha amigos, carreira e sonhos, não tem um amor.

Quero te dizer que não precisa ter inveja da sua colega de faculdade, da sua amiga de infância, da vizinha ao lado, daquela moça bonita que outro dia andava de mãos dadas com aquele moço bonito. Você não precisa se sentir deslocada por ir ao cinema sem namorado. Nem por almoçar ou jantar sem ninguém do outro lado.

Escrevo para você, que sente uma ponta de inveja ao ver sua amiga que está namorando feliz. Que sente um leve recalque por ter visto sua colega da primeira série vestida de noiva. Que não consegue esconder que também queria que o final feliz pulasse dos finais dos filmes para a sua vida real.

Quero te dizer que ter um amor não basta. Assim como ter um corpo bonito não basta. Assim como ser reconhecida no trabalho não basta. Assim como ter um cabelo que não arrepia em dias chuvosos não basta. Assim como realizar todos os sonhos do mundo não basta. E nunca, nunca vai bastar. A gente quer mais, sempre mais. O pouco não contenta. O mais ou menos não convence. O alguma coisa não enche a barriga, o coração, os poros, a vida.

Escrevo para você que acha que ter um namorado resolve todos os problemas do mundo. Não se engane, por favor, não se engane. É claro que existe companheirismo, cumplicidade, tesão, amor, amizade, parceria, admiração. É claro que existem todos os prós do mundo. Mas também existe briga, cara feia, troca de farpas e o lado sujo daquilo que a gente sempre quis um dia. Existe a chatice, o egoísmo humano, os defeitos em luzes neon piscando pela cidade.

Quero te dizer que muito mais importante que ter alguém é ter paz. Muito mais importante que ter alguém é saber lidar com você mesma. É se gostar, se curtir, se suportar, se superar todo dia. É gostar do que vê e do que não é visível aos olhos. É engolir e sorrir para a própria companhia. Muito mais importante que ter alguém é estar todo dia verdadeiramente apaixonada pelo "alguém" mais importante da sua vida: você mesma.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sobre a fragilidade das coisas





Andei pensando no quanto somos frágeis. Uma simples gripe nos torna fracos. Uma palavra mal empregada nos abate. Um abraço não dado nos faz sofrer. Um sentimento não vivido faz a gente perder a esperança.

Tenho um pouco de medo da duração das coisas. Antes, eu acreditava no eterno. Mas depois de tantos percalços, tantas coisas perdidas e tantos nãos guardados no bolso eu já não sei mais. Não sei se ainda existe a sinceridade. No ato, no fato, no tato.

Sempre gostei de ser verdadeira, mas não sei até onde isso me leva. Não, eu não quero levar vantagem em nada. Só quero a reciprocidade, a sinceridade do outro como recompensa. Ando frustrada ao constatar que amigos verdadeiros posso contar apenas em uma mão. E, ainda assim, não sei se posso ser verdadeira com eles. Uma palavra atinge, fere, frustra, repele.

Eu digo o que penso e defendo quem amo. Meu jeito é esse. Minha forma de agir é essa desde que nasci. Não sei se isso é certo, errado ou legal, mas não conheço outra forma de ser. Todo mundo vai nos decepcionar um dia. já me decepcionaram, já decepcionei, mesmo sem querer. E a vida segue assim. Só não entendo como uma pessoa não pode ser ela mesma com outra sem causar algum constrangimento ou não satisfação. Acho que tudo é equilíbrio: eu tento te entender, você tenta me entender. Eu procuro me colocar no seu lugar, você procura se colocar no meu. Se eu vejo que passei do ponto peço desculpa, se você vê que passou do ponto você pede desculpa. Ninguém é sempre santo ou sempre devasso. Ninguém é dono da verdade, nem melhor que ninguém. Por isso, a gente guarda a arrogância no fundo do peito, engole o orgulho e dá o primeiro passo. Alguém tem que dar o primeiro passo, não é mesmo? Mas quer saber? Eu cansei de sempre dar o primeiro passo. Sei perdoar. Ou pelo menos me esforço pra isso. Tento me perdoar, tento te perdoar. Então eu pergunto: e você? Você sabe?

Lido com meus erros, com minha impaciência, com minha chatice, com minha imperfeição, com minha inveja, com meus sentimentos mundanos e não tão nobres. E você? Estou longe de ser a pessoa mais bacana do mundo, mas realmente fico feliz com sua alegria, com sua satisfação. Você fica com a minha? Você torce mesmo por mim? Você vibra com meus passos certeiros?

As relações são muito frágeis. As amizades, mesmo longas e firmes, são muito frágeis. O amor, por mais forte que seja, é muito frágil. Porque todo mundo se magoa, se fere, se atinge. Mesmo sem querer. Mas o que importa é o que a gente faz com isso, como a gente lida com a situação. O que importa é a gente querer fortalecer as coisas. Com clareza, maturidade e entendendo que não existe lado A ou B: todo mundo está do mesmo lado.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Me diz, quem ?

Quem inventou o amor?
Me explica por favor ♫

Legião Urbana

"Às vezes julgo não ser mais capaz de reter as emoções e ainda assim manter um olhar calmo e indiferente como se houvesse uma torrente pronta a desabar por dentro dos meus olhos como se tudo fosse avassalador e o meu olhar nada mais comportasse e não quisesse mais dor ou simplesmente escolhesse não ver e aí fecho os olhos e deixo-me levitar para um outro lugar calmo, sossegado em tudo diferente...
Apelo à minha memória e revejo em segundos tudo o que me deixou feliz e percebo que a melhor fotografia é a que o nosso olhar guarda como se fosse uma muralha que alguém quer derrubar mas que nada faz estremecer porque as melhores coisas estão conosco ficam conosco e aí vão para sempre permanecer..."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

" Se eu pudesse te dar algo te daria a habilidade de se ver com meus olhos porque só assim você veria o quanto você é especial pra mim..."

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Refletir...

O tempo todo a gente vive ouvindo um monte de histórias de pessoas que se gostavam, mas que não ficaram juntas, porque sempre existiram pessoas inconvenientes ou pelo simples fato do "gostar" não ter sido suficiente.

Talvez a gente nunca vá entender o que uma pessoa tem de melhor do que a outra, porque é assim que acontece, as pessoas não estão preparadas pra você hoje, mas amanhã conhecem outra e aí acham que nunca estiveram tão preparadas, acham que encontraram a metade da laranja, e se esta outra pessoa tiver o mínimo de problemas que seja, se gostar de outra pessoa que não seja você ou até mesmo também não estiver preparada pra você, aí sim, ela já é o amor da sua vida. Como o ser humano é complicado. Não gosta de simplicidade, de cuidado, de atenção e nem sempre gosta daquilo que é verdadeiro.

O ser humano por si só tem uma atração fatal pela impossibilidade, nos agarramos naquilo que nos deixam tensos, naquilo que pode acabar a qualquer instante.  Pode até ter atenção, cuidado, mas o medo de perder faz você acreditar que o amor estar ali, no alto grau de dificuldade e na adrenalina que um dos dois oferece para o relacionamento. É triste como a solidão está tomando conta do mundo.
Não vemos mais tantas pessoas apaixonadas e felizes, nos deparamos todos os dias com um monte de gente que está sempre à procura, à procura de alguém, à procura de alguma coisa que nem elas mesmas sabem bem o que é. Uma busca constante e implacável por algo que preencha o vazio que as noites pós-balada deixam, mas é uma coisa que parece que não se acha em ninguém. 

Aí chega um momento que  todo mundo cansa e resolve "mudar", encontrar alguém pra sossegar da vida de agitação, de bebedeira, baladas, etc.  E aquela pessoa lá do começo, que você não gostava o suficiente para abrir mão dessa vida, que só agora você decidiu estar cansado, aquela pessoa não está mais esperando por você, ela acabou também se conformando com outra pessoa, por achar que você não gostava o suficiente.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Saudade

 Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado.

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades da minha infância, sinto saudades do presente que não aproveitei por inteiro lembrando do passado e apostando no futuro. 

Sinto saudades até do futuro que se for idealizado provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser. Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu, de quem apareceu correndo sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

 Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito, daqueles que não tiveram como me dizer adeus, de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de teimosa que sou.

Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram, saudades de coisas sérias, de coisas hilarias, de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer, saudades dos livros que li e que me fizeram viajar. Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar sem curtir totalmente.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que em algum lugar que não sei onde para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês mas a minha saudade por eu ter nascido no Brasil só fala português, embora, lá no fundo, possa ser hebraica. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua universal espontaneamente quando queremos declarar amor ou sentimentos fortes seja lá em que lugar do mundo estejamos mas eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não explique corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas e é por isso que eu tenho mais saudades porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Ela é a prova certa de que somos sensíveis, de que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existencia.


Quando estou sem voce nao sei o que fazer, só penso em voce, as horas passam devagar aonde eu olho voce estar.  Longe de voce é arriscado meu coração parar de bater, quando eu te encontrar com certeza eu vou te abraçar e nos seus olhos vou olhar e dizer ' ninguem vai te amar do jeito que eu amo voce '. Te amo pelo seu sorrisso, pelo seu simples brilho no olhar, por cada palavra de afeto, romantismo e carinho me dita. Só tenho a agradecer por cada segundo ao teu lado, momentos eternos, lindos... momentos nossos, coisas que só a gente entende, pelo grande companheiro que voce é.  Me arrisco até a dizer ' amar seus defeitos é minha virtude '. Nao vou usar as palavras 'nunca e sempre'  mas o que eu quero é que seja eterno enquanto dure e que se depender de mim vai durar muito, muito, muito mesmo! Tão terno, tão sensivel, tão teu falo do amor que carrego dentro de mim para ti.
O meu melhor amigo é o seu amor, amo voce! s2