sábado, 29 de setembro de 2012

Mudanças

Isento-me em saber como está o clima lá fora. Fico trancada aqui, nesta sala, em silêncio, total introspecção.
Momento de mudanças, reflexões e renovações de atitudes. Pontos de vista amadurecidos, um novo olhar sobre tais coisas e uma sensação desconhecida me toma.
Sensação de estar perdida, sem saber o que aprimorar primeiro, que decisão tomar no presente e qual deixar para o futuro.
Meu olhar segue perdido diante de tudo que vem-se sucedendo e acalmo meu coração ao pensar que logo virá a paz, o equilíbrio e a ordem.
Assim sorrirei sem forjar '' estar bem '', sem criar uma falsa imagem de mim mesma.
Para hoje apenas a certeza da esperança, de que por mais que seja grande a tempestade, o sol voltará a brilhar.  

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dando um tempo


Vez ou outra, me permito tirar um tempo de tudo. Dispenso convites, deixo o coração respirar, a ''cuca'' arejar, a alma esvaziar.

Coloco meus discos favoritos para tocar, deito, fico absorta faixa a faixa, presto atenção na melodia, deixo a voz silenciar os pensamentos, degusto música por música. busco cantores e músicas novas e as ouço de olhos fechados, sentindo o afago na alma que a música traz.
Afinal, a correria é tanta que ouvimos música enquanto andamos na rua, no trabalho, em lugares... não paramos mais para senti-la.

Vou a locadora, leio sinopses, troco indicações com os atendentes, discuto diretores, vago por um corredor, vago por outro, a cada filme que chama a atenção, uma esperança daquela obra mudar em algo minha vida, ou no mínimo, me fazer pensar, impactar o coração, os pensamentos.
Tantas coisas ruins acontecendo no mundo, tantos problemas em nossas vidas, por que não embarcar na sétima arte e seu dom de nos transportar para outro mundo, nos fazer sonhar, se identificar com personagens, inspirar?!

Tiro os livros da estante e começo a lê-los. Sinto o cheiro das páginas, mergulho na história e mato a saudade da pontadinha de tristeza que dá quando o livro começa a chegar ao fim.  

Vive-se na correria, na preocupação de uma vida social ''badalada'', é raro parar para olhar para si e dar a atenção devida para o que o coração e a mente pedem, sufocamos sem nos dar conta.

Diante disso, que sempre exista um álbum novo para escutar, filmes desconhecidos para assistir, livros para ler, reflexões a fazer, pontos de vista para mudar, rumos novos para tomar, amizades para testar com esse ''retiro de alma''e a sensação de renovação que dá após esse ''tempo''.

Como li um dia desses:''Pra parte surda do coração ouvir, faça silêncio.''