quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Só sabe o que é saudade quem convive com a ausência."


Hoje eu estou com um nó aqui dentro, um aperto no peito. Tá difícil conter as lágrimas, a saudade que eu estou sentindo é imensa.

Já está com quase dois anos que essa criança linda nasceu e iluminou minha vida, uma coisinha tão pequena, mas com uma capacidade enorme de me arrancar um sorriso e até um chorinho de felicidade. 
Lembro como se fo
sse hoje a primeira vez que eu o peguei no colo, não sabia o que fazer era a primeira vez que eu tinha nos meus braços uma criança de apenas 1 dia de nascido. Só Deus sabe a falta que o João Gabriel me faz, a vontade que eu tenho é de trazer pra ficar junto a mim, dormir todos os dias com ele, vontade de brincar e de receber aquele abraço gostoso que ele sempre me dá quando eu chego para vê-lo. Um presente de Deus pra mim.
Fico extremamente feliz por ser madrinha desse ser tão iluminado, tão cheio de saúde, tão dengoso, esperto e carinhoso. Amo receber os beijinhos, cheirinhos e até mordidas e puxões de cabelos que ele me dá. Por mim eu passaria horas&horas aqui escrevendo sobre esse pequeno homenzinho que eu amo com todo o meu coração.
Meu príncipe hoje a sua dinda se ''desmanchou'' ao lembrar de como o tempo passa rápido e de se tocar da imensa falta que você faz todos os dias.

João Gabriel Ambrosio ♥

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pretérito (im) Perfeito

Sabe o que me irrita? O que me dá nos nervos? O que me faz pensar em todos os métodos de respirações conscientes e profundas possíveis? O passado. E não o meu.

É, justo eu  que sou uma ótima controladora do ciúme, que sempre inspiro racionalidade nessas malditas ocasiões e ajo como um completo sábio: enrugado, barbudo e grisalho. Cheia de seguranças e certezas. Mas o passado… O passado é diferente. O próprio nome já incomoda. Foi efetivo, aconteceu. Não é coisa da minha cabeça, não é a neurose feminina fantasiando e se enganando. Aconteceu.

Ele já usou deste charme, é, desse aí mesmo, que não é só você quem conhece. Deixa de ser boba.  Já foi loira, morena e ruiva, já beijou com desejo,  já as despiu na cama dele, já escorreu as pontas dos dedos e pelas costas nuas, virgens e desavisadas delas, já fez com que se sentissem especiais mesmo que por um mísero segundo de momento, já foi amores e desamores e, principalmente, já quis ter dado certo com alguém. Já chorou e sofreu por isso. Calma. Como assim? Como assim já roubaram o coração dele uma vez? Ou até mais de uma vez ? Como assim ele tem antigos casos sérios escondidos numa caixinha de lembranças? É só que… nós somos tão… nós… 


Uma jornada tão rica, um presente tão futuro, que eu me surpreendo quando lembro que as tuas horas já foram de outras. Me pego matutando sobre o que de fato aconteceu. Curiosidade, aquela auto-flagelação de curiosidade. E aí, como se não bastasse, imagino os elogios, o que você mais gostava nelas, o que achava bonito. Por dentro e por fora. Imagino se elas se pareciam comigo… Se tinham algo de mim. Se têm algo de mim. E o cheiro? Era cheiro de pele ou cheiro de pele mascarada com perfume? Era cheiro de gente ou cheiro comprado? Porque o segundo a gente confunde. O primeiro é único. Do que vocês falavam? Aliás, vocês dialogavam? Compartilhavam devaneios, receios e anseios? Elas te faziam rir? Não sorrir. Rir. Gargalhar e cantarolar pela vida com a leveza e a serenidade da paz de espírito inundando a alma.


Não interessa, na verdade. No fim das contas, elas já te tocaram. Cutucaram, sentiram. Aninharam. Elas já te conheceram ou assim pensaram, já consideraram delas o que hoje é meu. Sim. É meu. Meu mundo. E não tem devolução, não tem volta. Sou eu que na vida vou com você agora.

Mas o Mundo ainda não é feito só do nosso, e remanescem por aí passados vivos. Estigmas, cicatrizes e saudades. Compreensível, porque julgo improvável, talvez impossível, te superar. Te esquecer, fazer-te pó. Sei da tua capacidade de despretensiosamente marcar a vida alheia. Sei que tua passagem pelos caminhos de alguém não é apenas uma passagem, você é que não sabe, meu amor. Você é que não sabe quantos pedaços delas ficaram pelos cantos e recantos. Dizem que a alma se recupera, eu nunca vi alma se recuperar da perda d’alma. E talvez seja isso que me irrite, essa história de que alguém te amar tanto quanto eu. Porque o Pretérito Perfeito não tem relevância, não diante de nós dois. É como uma chuva de verão. Ou um cão que ladra, mas não morde.

E, em mim, a mesquinhez instintiva do ciúme.






“Mas o amor, o amor mesmo, o amor maduro, o amor bonito, o amor real, o amor sereno, o amor de verdade não é montanha-russa, não é perseguição, não é telefone desligado na cara, não é uma noite, não é espera. O amor é chegada. É encontro. É dia e noite. É dormir de conchinha. É acordar e fazer um carinho de bom dia. É ajuda, mãos dadas, conforto, apoio. E saco cheio, também. Porque de vez em quando o amor enche o saco. Tem rotina, tem manhã, tarde, noite, tem defeito, tem chatice, tem tempestade. Mas o céu sempre limpa. Porque o amor é puro como o azul do céu.”