segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O sol depois da tempestade


E lá fora ouço o vento soprar levemente, mentes cansadas, enfim, descansam. Meus olhos insistem a não fechar. Volto às poesias de Chico dedilhadas em seu violão, ''Sem você'' dá início à playlist, vasculho a minha memória e lembro, então de um "secreto" texto. Em um impulso me pego procurando o tal texto.

Ali está ele, a última escrita de ''sentimentos'' (mal sabia eu ao escrevê-lo do ''dia do amanhã'') tristeza em cada linha, saudade em cada parágrafo, frustrantes tentativas de finalizá-lo... Tão crua, tão fácil de decifrar, tão doída, se enrolando em cada linha.

Lendo cada paragrafo me impressiono comigo mesma, com tão pouco tempo, mas tão intenso sentimento. Ali me deparo com uma quase decepção, Mas,nessas andanças que o mundo dá, agora mais do que nunca meus dias possuem sua presença, dias agora, do qual sorrio por aí, à la ''até quem me vê na fila do pão, sabe que te encontrei'', palavras guardadas, agora ditas com alívio, suspiros, desespero, ardor, ternura. 

Sentimento avassalador, impossível de conter, limitar, esconder... Só quer aparecer, no ar se instalar.
Invento palavras, definições, explicações, para tentar descrever esse êxtase existencial.

 O amor voltou,
recomeçou,
REENCANTOU.

(veio para ficar)

 Chico, afirmando ao fundo...
''Hoje afinal conheci o amor
E era o amor uma obscura trama...''  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012



"Oh! Darling", pra mim, é a declaração de amor mais verdadeira que existe em forma de canção. ÚNICA que consegue exprimir o ardor da paixão, a vontade inexplicável que dá de gritar alto o que se passa no coração, o medo, a dor que é perder (ou só de pensar em perder) a pessoa amada.

Depois dessa, Mother, é a que mais me toca, me estarrece, me derruba. Você sente junto a dor de John. Nos versos finais:
''Mama don't go,
Daddy come home...''

Chega a ser perturbador, ''sai fagulhas'', dá vontade de gritar junto.

O que torna Beatles singular, na minha opinião, além de te fazer se apaixonar pelo amor em si, pelo sentimento lindo que é, é isso de levar as emoções aos extremos, uma entrega de alma que é só deles e de mais ninguém.

DE MAIS NINGUÉM.


Cheia de manias

Mania de jogar o cabelo pro lado. Mania de sorrir quando sente alguém olhando demais. Mania de coçar os olhos e olhar o visor do celular como se houvesse chegado alguma coisa e não viu. Mania de estudar escutando música e revirar os olhos sempre que escuta, ouve ou vê alguma bobagem. De sorrisos, de olhares, de vozes e cheiros. Mania de achar que nem tudo é aquilo que se vê. De imaginar situações com quem nunca viu e se arrepiar, sorrir, se desesperar por isso. Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Versos de um domingo -não- qualquer


E já não importa a esquina, a música, a rua, qual rua, em qual lua e se a primeira palavra vai ser sua. não importa o tempo, quanto tempo, os sacolejos do vento, quem vai dar o primeiro beijo.
não importa onde vamos sentar para conversar, quais histórias iremos contar, quem vai dar a mão primeiro.
Que ao menos continue esse entendimento pelo olhar, esse arrepio no toque, esse turbilhão de emoções exprimido em um beijo. que os pés não cansem de roçar-se um ao outro e que o cheiro (ah, o seu cheiro) nunca mude.
Que os olhos fechem, a cada flash de lembrança quando já não perto estivermos, e que o afago no coração ao lembrar de você, nunca cesse, pois apenas importa o quão desatino é o nosso amor.



'' watch the sunrise,
say your goodbyes,
off we go,
some conversation,
no contemplation,
hit the road...''

até um dia.