sexta-feira, 2 de agosto de 2013

À flor da pele



Você sofre, grita, corre, chora e ri sem saber por que ou por quem. É um desses vícios da vida, como heroína ou cocaína, como chocolate ou tequila, como qualquer outra coisa que faz seus pés saírem do chão para logo depois te colocar no fundo do poço.  É sentimento. Mais forte que cocaína, mais destrutivo que heroína, mais prazeroso que chocolate e desce em um só gole como tequila.

E lá vai você, outra vez, correr atrás de qualquer sensação, de qualquer emoção que carregue o âmago com adrenalina. Então você sofre, grita, chora e ri de novo, alegando que é tudo diferente.   O que diferencia? Você não sabe explicar, você apenas sente. É sentimento. Não tem explicação, não cabe em prosa, dissertação ou verso, não é discurso.

Por fim, não tem fim. Você percebe que a ânsia está dentro de não sabe onde, lá nos cantos intocáveis do ser.  Você continua tomando suas doses, sentido suas dores, cultivando seus amores e cedendo ao mais tempestuoso vício. O que você vai fazer? É sentimento.

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