segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ápice

Rita Lee no volume máximo, olhos pesados de sono encarando o espelho, pijama desgrenhado no corpo, voz cantando baixinho versos que não ouvia há muito tempo. Papéis aqui, apostilas acolá, livros "abandonados" em um canto do quarto, DVD's esperando ansiosos para assisti-los.

(Bocejo)

”no escurinho do cinema, chupando drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz…” Rita canta ao fundo. E lá vem a nostalgia, o riso frouxo e a voz desafinada cantando junto.

(1 suspiro confuso, triste, cansado)

Melodia enche o quarto de amor, anima até a dançar.
Mas o amor, ah, o amor, sobrou até pra ele… por hoje, ele não aceita a dança, fica sentado apreciando. Só quer saber de ficar quietinho, de repouso, no silêncio, para evitar que acabe, esperando respostas (mas ele sempre volta, feroz, leve, pleno)

É bom acreditar que volte...

Ah, como a vida cansa! Cansa até de cansar…
Cansa para o descanso ser valorizado, para o amor ser testado, para um degrau da tolerância, a tal virtude tão almejada de todos, a gente subir.

(com dificuldades, desequilíbrios, palavrões, mas, um a mais sendo deixado para trás)

”Para o resto da vida, sou extremo…”

E até intensidade cansa, até intensidade, Rita.

(ZZZZzzzzzzzzzzzZZZ)

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